Gree amplia linha de VRFs fotovoltaicos no Brasil
Indústria chinesa introduz no País ar-condicionado com sistema inteligente de gestão de energia | Foto: Nando Costa
A gigante chinesa Gree está ampliando a linha de condicionadores de ar fotovoltaicos disponíveis no mercado brasileiro, com a introdução do modelo GMV-Solar. Segundo a empresa, o produto é o primeiro do gênero a contar com o mais avançado sistema de controle do segmento.
A inovação alterna automaticamente entre cinco modos de operação, tendo como base as condições de disponibilidade de energia solar e a demanda do equipamento, que pode ser instalado em residências, fábricas e grandes edifícios.
“O GMV-Solar utiliza tecnologia fotovoltaica associada ao G-IEMS, um sistema inteligente que combina redução do consumo de eletricidade, sendo responsável pela geração, consumo, economia e armazenamento de energia, conexão à rede, controle integrado e comércio inteligente”, explica a empresa.
O sistema de controle interno da máquina com fluxo de refrigerante variável (VRF) realiza o monitoramento da produção e demanda de energia alternando entre os modos com intervalos inferiores a 10 microssegundos (mS), mantendo uma operação contínua e estável, conforme revela a Gree.
Comparado aos sistemas usuais, que combinam sistema de geração de energia conectada à rede elétrica com ar-condicionado, o G-IEMS pode proporcionar ganhos entre 5% a 7% em termos de eficiência energética, pois ele tem fator de potência de 99%, 10% maior que sistemas de três fases convencionais, reduzindo perdas operacionais com variações da rede de energia.
“Percebemos que há grande potencial para essa linha de produtos no Brasil, especialmente por se tratar de um dos países com maior irradiação solar em todo o mundo”, ressalta a CEO da companhia, Dong Mingzhu, nomeada mensageira das Nações Unidas para o Desenvolvimento Urbano Sustentável.
Embora essa fonte de energia ainda ocupe pouco espaço na matriz energética brasileira, até mesmo micro e pequenas empresas gostariam de contar com as soluções fotovoltaicas para reduzir a conta de luz, segundo uma pesquisa realizada pelo Centro Sebrae de Sustentabilidade, em parceria com a Fundação Seade e Absolar, associação que representa o setor no País.
O estudo aponta que 60% dessas empresas pretendem investir em fontes renováveis e 47,5% veem nos sistemas fotovoltaicos a melhor alternativa para gerar energia limpa.
“Trazer o GMV-Solar ao mercado brasileiro é um novo começo para a tecnologia de economia de energia. Por isso, queremos levar esse aparelho para todos os cantos do País”, afirma o diretor comercial da subsidiária brasileira, Alex Chen.
O executivo salienta que multinacional tem investido continuamente em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para fornecer ao mercado nacional sistemas de climatização fotovoltaicos com índices cada vez maiores de eficiência energética.
Segundo Chen, esse é um momento muito importante para a Gree, primeira multinacional chinesa de eletrodomésticos que, há 19 anos, investiu e construiu uma fábrica em Manaus (AM), tornando-se símbolo da capacidade de cooperação entre China e Brasil.
Conheça, a seguir, os cinco modos de operação do mais novo VRF fotovoltaico da Gree:
Ar-condicionado fotovoltaico
A energia solar produzida pelo sistema fotovoltaico é igual à consumida pelo ar-condicionado, ou seja, o aparelho não consome energia elétrica da concessionária.
Ar-condicionado convencional
O ar-condicionado usa apenas a energia elétrica da concessionária. Sempre que utilizado durante a noite, o sistema ativará esse modo de operação.
Ar-condicionado fotovoltaico com ajuda da rede
Quando a geração de energia solar é insuficiente para suprir a demanda do ar-condicionado, essa diferença é complementada com energia elétrica da concessionária.
Ar-condicionado e gerador de energia
Quando a geração de energia solar excede o consumo do ar-condicionado, esse excedente é transferido para a concessionária ou para outros sistemas elétricos do edifício.
Gerador de energia solar
Quando o ar-condicionado não está ligado, a energia solar gerada pode ser utilizada por outros sistemas ou totalmente transferida para a concessionária de energia elétrica.
Fonte: dufrio